Região Sul do Brasil
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Região Sul - Mapa / dados
A região Sul do Brasil é composta pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Sua extensão territorial é de 576.409 quilômetros quadrados, considerada como a menor região brasileira, no entanto é a terceira macrorregião mais populosa do país totalizando 27.386.891 habitantes.
( IBGE 2010).
Economia
A região possui uma economia baseada principalmente no setor industrial, devido às suas exportações e pelo fato de seus estados fazerem fronteira com países da América do Sul. As cidades que mais abrigam as empresas são Curitiba, no Paraná, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Nessas capitais, há um grande número de montadoras de carrosque oferecem milhares de emprego aos moradores.
O setor elétrico é desenvolvido graças a Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo. Outro setor bem colocado na região é a agroindústria, com a produção de alimentos (milho, arroz, soja, cebola, maçã, dentre outros.). Já a agropecuária é bastante valorizada, pois a vegetação típica do local facilita a criação de bovinos, aves e suínos. Outro ponto da economia sulista é o extrativismo de madeiras (cedro e pinheiro) e erva-mate. O estado do Paraná possui uma economia variada e por isso é uma das melhores do Brasil. Ela está baseada principalmente na agricultura, pecuária, mineração e indústria. No Paraná, o solo fértil ajuda na produção de produtos como trigo, milho, algodão e café. Na pecuária, o número expressivo de seu rebanho ajuda na produção e venda de carnes e leites. A mineração do estado fica por conta da extração de minérios como ouro, cobre, mármore e ferro. O estado ainda conta com um parque industrial em Curitiba, sua capital. Em Santa Catarina, a economia é baseada em atividades como o extrativismo, a agricultura, a pecuária, a pesca e o turismo, sendo que é um dos estados mais ricos. Na indústria, o estado mantém empresas em diversos ramos e duas das principais indústrias alimentícias do Brasil.
No ramo da extração, destacam-se as reservas de carvão, fluorita, argila e quartzo. A agricultura do estado produz alimentos como soja, fumo, feijão, banana, cebolas, maçãs, uvas, aveia e cevada. Já a pesca e a pecuária são uma das principais bases dessa economia. Outra vertente da economia de Santa Catarina é o turismo que atrai milhares de visitantes todos os anos.
A economia do Rio Grande do Sul teve influência das características de seus imigrantes e atualmente aparece entre as mais importantes do país. O PIB do estado tem aumentado gradativamente nos últimos anos. Primeiramente, aparece o setor de serviços seguidos pela indústria e a agropecuária na produção de grãos como soja, arroz, milho e trigo. Além disso, os gaúchos possuem um grande rebanho de bois e uma extensa criação de aves. Indústria Paraná: Papel, celulose, fabricação de caminhões e automóveis, eletrodomésticos e agroindústria. Santa Catarina: Produção de carnes e fabricação de calçados e roupas de marca. Rio Grande do Sul: Petroquímica, produção de carros, calçados, vinhos e alimentos. |
Relevo
O relevo sulista constitui-se principalmente de duas diferentes divisões do planalto brasileiro. Um deles é o planalto cristalino ou planalto atlântico, que formam as elevações no leste da região, algumas até próximas ao litoral. Esta elevação é responsável pelo grande número de morros na região, conhecido como "mar de morros". O planalto meridional ocupa a maior parte da região sul, formando as conhecidas serras, como a Serra Geral. Planícies também são encontradas na região.
PLANALTO MERIDIONAL
PLANALTO ATLÂNTICO
Vegetação
Pampas gaúchos
A vegetação sulista é bastante variada, encontramos a devastada Mata das Araucárias nas regiões mais frias, além dos campos limpos do pampa gaúcho. No litoral, encontramos minoria de vegetação costeira, que dividem-se desde mangues, até restingas.
Mata Araucária
A vegetação sulista é bastante variada, encontramos a devastada Mata das Araucárias nas regiões mais frias, além dos campos limpos do pampa gaúcho. No litoral, encontramos minoria de vegetação costeira, que dividem-se desde mangues, até restingas.
Mata Araucária
Clima
Principais características do clima da região sul do Brasil:
- O Estado do Paraná há predominância do clima subtropical, porém, numa pequena faixa no extremo norte do estado, ocorre a presença do clima tropical.
- Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, recebem maior influência das massas de ar frias do Polo Sul, e, portanto, apresentam predominância do clima subtropical úmido.
- A região sofre influência, principalmente no inverno, da Massa Polar Atlântica que é úmida e fria.
- O sul é a região que apresenta menores temperaturas do Brasil, na estação do inverno. Em várias regiões do RS e SC ocorrem geadas no inverno. Já em regiões serranas, caso das Serras Gaúchas e Planalto Serrano de Santa Catarina, há ocorrência de geada e neve nos dias mais frios do ano. Nestes dias as temperaturas costumam ficar abaixo de zero.
- No verão, a região sul recebe os ventos alísios, oriundos do Sudeste. Estes ventos levam umidade e calor para a região, aumentando a temperatura e provocando chuvas.
- A temperatura média anual na região sul do Brasil fica entre 16 e 22°C.
- No litoral dos estados de Santa Catarina e Paraná prevalecem aspectos climáticos tropicais. Temperaturas médias anuais em torno de 21°C e chuvas concentradas no verão.
- O índice pluviométrico (chuvas) anual na região sul fica em torno de 1.200 mm. Sendo que na região litorânea é bem maior, ficando em torno de 2.000 mm anuais.
Bandeiras
Rio Grande do Sul
A bandeira do Rio Grande do Sul foi adotada como símbolo oficial do estado no ano de 1891 e sua autoria é incerta. Alguns estudos apontam como sendo do major Bernardo Pires, do Exército Republicano, porém outros historiadores afirmam ser de autoria do engenheiro militar José Mariano de Mattos. A bandeira tem origem nos desenhos dos rebeldes da Guerra dos Farrapos, que ocorreu no ano de 1835. A composição original não possuía o brasão de armas.
Por muito tempo, a bandeira não possuiu uma lei que a descrevesse ou regulamentasse seu uso. Em 1937, durante o regime político do Estado Novo, o presidente Getúlio Vargas ordenou que todos os símbolos estaduais fossem abolidos, incluindo bandeiras e brasões. Devido a esse acontecimento, a bandeira só foi restabelecida novamente no ano de 1966, quando foi sancionada a lei que regulamentava seu uso e descrição.
A bandeira do Rio Grande do Sul é formada por um retângulo dividido em três faixas diagonais nas cores verde, vermelho e amarelo. Na seção vermelha, coincidindo com o centro da bandeira, está disposto um círculo branco com o brasão do estado em seu interior.
SIMBOLISMO
Não há um consenso sobre o significado exato das cores da bandeira sul-rio-grandense. Muitas teorias envolvem aspectos políticos e históricos que entram em contradição em algum momento. Entretanto, a simbologia mais aceitável é a que considera as cores separadamente e atribui um significado a cada uma dela:
- A cor verde representa as matas dos Pampas e a riqueza natural da região;
- A cor vermelha simboliza os ideais revolucionários que marcaram a história do estado, assim como a coragem do povo;
- A cor amarela representa as riquezas do território do Rio Grande do Sul.
Paraná
A bandeira do Paraná foi oficializada no ano de 1892, porém passou por várias alterações até chegar ao modelo utilizado atualmente pelo governo do estado. O primeiro modelo da bandeira foi idealizado pelo cidadão Manuel Correia de Freitas e executado por Paulo Assunção, um artista conhecido da época. Em 1905, o governador Vicente Machado da Silva Lima sancionou a lei que modificou o desenho original. A nova versão da bandeira foi resultado do trabalho de Alfredo Romário Martins, que substituiu a inscrição “Ordem e Progresso” por “Paraná”. Após 18 anos, a bandeira foi abolida por determinação do governador Caetano Munhoz da Rocha.
Em 1937, o então presidente do País, Getúlio Vargas, ordenou que as bandeiras de todos os estados fossem queimadas. Durante os 24 anos seguintes, somente a Bandeira do Brasil podia ser erguida no território nacional.
Em 1947 foi eleito um novo governador, Moisés Lupion, que resgatou os símbolos paranaenses, estabelecendo um decreto que definiu a bandeira paranaense da seguinte forma: constituída por um retângulo verde cortado da extremidade superior esquerda à inferior direita por uma faixa diagonal branca. No centro da bandeira, uma esfera azul contém as estrelas do Cruzeiro do Sul em branco. Atravessando a esfera celeste, passando por baixo da estrela superior do Cruzeiro do Sul, há uma faixa branca com a inscrição “Paraná” na cor verde. Circundando a esfera estão dispostos um ramo de pinheiro à direita e um de mate à esquerda.
Desde então, a bandeira do Paraná foi alvo de algumas críticas, estudos e polêmicas. Alguns estudiosos apontam defeitos no simbolismo dos elementos. Na década de 80 foi criada uma comissão que seria encarregada de estudar cuidadosamente os símbolos do estado e sugerir as alterações necessárias na bandeira, entretanto o projeto não foi adiante e o relatório que resultou dessas investigações simplesmente desapareceu. Nos anos seguintes, novos grupos se prontificaram a executar a tarefa, até que em 1990, 43 anos após as últimas alterações, a bandeira do Paraná sofreu novas mudanças.
Por fim, em 2002 o governador Jaime Lerner restabeleceu os símbolos da bandeira definidos em 1947. Atualmente o estado comemora o dia da sua bandeira em 16 de março, data definida em 2005 por uma lei apresentada pelo deputado estadual Rafael Greca.
SIMBOLISMO
- A cor verde representa a riqueza natural e a biodiversidade do estado;
- A esfera azul carrega a representação da constelação do Cruzeiro do Sul;
- Os ramos ao redor da esfera representam as plantas características do estado, erva-mate e pinheiro-do-paraná
Santa Catarina
Criada pelo historiador José Boiteux, a primeira bandeira do estado de Santa Catarina foi instituída oficialmente em 15 de agosto de 1895. Era composta por treze faixas horizontais alternadas em vermelho e branco, representando o número de comarcas do estado. No centro havia um losango verde com 36 estrelas douradas, representando os municípios. A partir de 1937, durante o governo de Getúlio Vargas, foi proibido o uso de símbolos estaduais, o que incluía a bandeira. Só em 1954 o então governador Irineu Bornhausen revitalizou os símbolos do estado de Santa Catarina e alterou o desenho da bandeira.
A atual bandeira de Santa Catarina é composta por um retângulo vermelho com uma faixa branca horizontal ao meio. No centro da bandeira há um losango verde-claro com o brasão do estado no centro.
O brasão é formado por uma estrela branca. À frente dele, uma águia marrom com as asas abertas segura uma chave na garra direita e uma âncora na garra esquerda, cruzando os dois objetos. No peito, a ave traz um escudo com a inscrição “17 de novembro de 1889”. A estrela é envolta por um ramo de trigo à esquerda e um ramo de cafeeiro à direita. Na ponta superior da estrela repousa uma espécie de gorro vermelho, o barrete frígio. Os ramos são unidos por um laço vermelho onde está escrito “Estado de Sta. Catarina”.
SIMBOLISMO
- As cores vermelha e verde representam as cores das vestes de Santa Catarina de Alexandria, padroeira do estado;
- No brasão, o ramo de café simboliza a lavoura do litoral e o ramo de trigo simboliza as lavouras da terra;
- A águia representa as forças produtoras do povo catarinense;
- A inscrição “17 de novembro de 1889” que se lê no escudo no peito da águia refere-se à data da implantação da República em Santa Catarina;
- A chave que a águia segura lembra que o estado é um ponto estratégico de primeira ordem para o Brasil;
- A âncora que a águia segura simboliza a ligação do estado à pesca e à atividade portuária;
- O barrete frígio que repousa na ponta superior da estrela é um tipo de gorro usado pelos habitantes da Frígia, região que ocupava o território que hoje pertence à Turquia. O barrete frígio na cor vermelha simboliza a república, pois faz referência aos franceses que lutaram pela implantação do regime republicano em seu país e que também usavam o acessório dessa cor.
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